domingo, 15 de julho de 2007

Disfarces

Por motivos laborais tenho tido várias reuniões regulares com o mesmo grupo de pessoas.
Outro dia uma comentaram comigo que existe alguma coisa ali que nos estava a passar ao lado,
umas colegas fazem questão em ficar lá até mais tarde, há umas trocas de olhares suspeitas...
Ironicamente os homens em causa, todos casados, são aqueles que não perdem a oportunidade de seduzir qualquer uma e acabam por conseguir alguma coisa com quem está mais carente ou com quem é simplesmente é mais dado.
Os compromissos eternos são totalmente esquecidos.
Como o tópico é quente, foi abordado o assunto em abstracto e as opiniões são quase unâmines - se podes ter uma aventura sem o teu parceiro descobrir aproveita, porque a aventura acabará naturalmente e passaste um momento inesquecível. A vida tem de ser aproveitada.
Resigno-me. O que para todos é indiferente. E acreditam com toda a convicção que um dia deixarei de pensar assim.
Admira-me com a frontalidade das pessoas à minha frente, sabendo que à frente dos parceiros juram fidelidade a pés juntos.
Surpreende-me a forma como se gabam das aventuras. A facilidade com que contam em público pormenores físicos e íntimos sobre esta e aquela.
O que me deixa petrificada é ver mulheres que tiveram relacionamentos destruidos porque os maridos lhes eram infiéis, que sofreram muito com isso e que agora "renasceram" e se dedicam a ter aventuras com homens casados. Na opinião delas não é destruir casamentos porque a mulher nunca vai descobrir. "E afinal", dizem-me elas, "ninguém é fiel."

1 comentário:

Anónimo disse...

... e eu a pensar que no programa "fiel ou infiel" tudo era encenado para que o argumento fosse sempre o mesmo...

Saudações
Raio de Trovoada Seca